Photomaton
Como num trapézio, num circo, vivemos
na iminência da queda. Contrafeitos no balanço
das cordas, olhamos o abismo
dia a dia anunciado, e preparamo-nos para mergulhar
num espaço sem rede.
Em câmara lenta, photo a photo,
cada instante é fixado no cartão de memória
digital do photografo: se a meio da noite acordar,
talvez sonhe que sonha um devaneio de realidade gasta,
recuperável pesadelo psicótico
que só os loucos sonham.
Como num trapézio, num circo, vivemos
na iminência da queda. Contrafeitos no balanço
das cordas, olhamos o abismo
dia a dia anunciado, e preparamo-nos para mergulhar
num espaço sem rede.
Em câmara lenta, photo a photo,
cada instante é fixado no cartão de memória
digital do photografo: se a meio da noite acordar,
talvez sonhe que sonha um devaneio de realidade gasta,
recuperável pesadelo psicótico
que só os loucos sonham.
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