domingo, 1 de abril de 2012

Deslumbramentos


Quase sem dar por isso, a manhã passou,

passou a tarde, também, anoiteceu, e, finalmente,

um novo dia nasceu.


E tudo acontece tão vagarosamente

que é quase como fosse sempre o mesmo dia,

a mesma manhã, a mesma tarde. É como se os deuses

no Olimpo tecessem um véu transparente

que, a meus olhos, imobilizasse o Tempo.



Meio século é meu,

mas não deixa de me fascinar

quem, prestes a fazer cem anos,

se ergue e se deita numa cadência estival:

nascer ou morrer - tudo é igual.



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