Resistente
a haste, que há de ser o tronco do limoeiro
de folhas verdes, me surpreende. À canícula
agreste e sem chuva, persiste, solitariamente,
o limoeiro na sua labuta de ser.
Por isso, sempre ao fim da tarde,
quando ao longe, mas tão perto, os chocalhos
do rebanho assinalavam o regresso dos animais dos campos,
ficava eu, num pasmo, olhando o limoeiro, embevecida
naquela tão pura resistência pela vida.
E, então, já nada me espanta.
Nem mesmo ter sido dita a palavra «amor»
como quando se colhe uma efémera flor.
a haste, que há de ser o tronco do limoeiro
de folhas verdes, me surpreende. À canícula
agreste e sem chuva, persiste, solitariamente,
o limoeiro na sua labuta de ser.
Por isso, sempre ao fim da tarde,
quando ao longe, mas tão perto, os chocalhos
do rebanho assinalavam o regresso dos animais dos campos,
ficava eu, num pasmo, olhando o limoeiro, embevecida
naquela tão pura resistência pela vida.
E, então, já nada me espanta.
Nem mesmo ter sido dita a palavra «amor»
como quando se colhe uma efémera flor.
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