Alpendre
Muda a hora, mudarei eu?,
como se estivesse sentada à soalheira
num alpendre imaginário
a ver passar gaivotas tão rentes
que o esforço de pensar
se diluísse em prosa
subtil.
Goteja lentamente
o tempo e nas horas esquecidas
debaixo do alpendre
a Vida
escorre por entre os dedos
sem lembrança nem esperança.
Muda a hora, mudarei eu?,
como se estivesse sentada à soalheira
num alpendre imaginário
a ver passar gaivotas tão rentes
que o esforço de pensar
se diluísse em prosa
subtil.
Goteja lentamente
o tempo e nas horas esquecidas
debaixo do alpendre
a Vida
escorre por entre os dedos
sem lembrança nem esperança.