Andamento
O rio que não vejo da minha janela
não corre para o mar, mas antes fixa-se
na linha do horizonte a ver despertar gaivotas
tão esguias
que são os alicerces das casas.
Por isso, num desalinho como num poema
desfeito, não espreito
o rio
nem as gaivotas,
porque sei que as palavras que se soltam
navegam para além
dos boqueirões e das esquinas
tão gráceis como meninas.
O rio que não vejo da minha janela
não corre para o mar, mas antes fixa-se
na linha do horizonte a ver despertar gaivotas
tão esguias
que são os alicerces das casas.
Por isso, num desalinho como num poema
desfeito, não espreito
o rio
nem as gaivotas,
porque sei que as palavras que se soltam
navegam para além
dos boqueirões e das esquinas
tão gráceis como meninas.
Sem comentários:
Enviar um comentário