O oleiro
Escorrem, no barro, as mãos do oleiro
e, gira que gira, o barro mole
ganha uma forma
oca.
Também os pensamentos
giram na minha mente,
mas a mão que os molda
é, tantas vezes, cega e dolente.
Por isso, aquela peça que olho e vejo,
vidrada, com um brilho raro,
me lembra o oleiro
que pensa
que pensa com as suas mãos.
Escorrem, no barro, as mãos do oleiro
e, gira que gira, o barro mole
ganha uma forma
oca.
Também os pensamentos
giram na minha mente,
mas a mão que os molda
é, tantas vezes, cega e dolente.
Por isso, aquela peça que olho e vejo,
vidrada, com um brilho raro,
me lembra o oleiro
que pensa
que pensa com as suas mãos.
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