domingo, 12 de fevereiro de 2012

Silêncio


Um caixão fechado,

sem choro ladaínhado,

e o arroz doce que me lembra

eternamente as tardes do verão na tua casa.

Onde estás hoje enfim?

Guardas memória de mim?

Não sei. O longe é tão longe quando se parte

desta vida!

Por isso, se entreabrisse a imensa porta

talvez num assombro te visse apenas em luz

iluminando a braseira que ao meu lado aquece

a minha sala, o  meu bairro, o Tejo,  o mundo.

Sem comentários: