Silêncio
Um caixão fechado,
sem choro ladaínhado,
e o arroz doce que me lembra
eternamente as tardes do verão na tua casa.
Onde estás hoje enfim?
Guardas memória de mim?
Não sei. O longe é tão longe quando se parte
desta vida!
Por isso, se entreabrisse a imensa porta
talvez num assombro te visse apenas em luz
iluminando a braseira que ao meu lado aquece
a minha sala, o meu bairro, o Tejo, o mundo.
Um caixão fechado,
sem choro ladaínhado,
e o arroz doce que me lembra
eternamente as tardes do verão na tua casa.
Onde estás hoje enfim?
Guardas memória de mim?
Não sei. O longe é tão longe quando se parte
desta vida!
Por isso, se entreabrisse a imensa porta
talvez num assombro te visse apenas em luz
iluminando a braseira que ao meu lado aquece
a minha sala, o meu bairro, o Tejo, o mundo.
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