Passa cada ano
como passa cada dia
e, às vezes, é com surpresa
que entendo como é voraz esta linha
que sem descanso nos encaminha para a despedida.
Pudera ser tão perfeita e clara,
como uma fonte para um rio escorrendo,
não foram os descaminhos
sem sentido,
os verdadeiros e os falsos perigos,
a comédia trágica do homem...
E, para além desta secretária, frente à qual estou sentada,
escrevendo no teclado do computador, fica o mundo,
então penso: «que mundo é este
que acorrenta, espanca, viola,
como se a vida fosse uma migalha e uma esmola?»
Da minha janela aberta,
a linha corre para a meta.
como passa cada dia
e, às vezes, é com surpresa
que entendo como é voraz esta linha
que sem descanso nos encaminha para a despedida.
Pudera ser tão perfeita e clara,
como uma fonte para um rio escorrendo,
não foram os descaminhos
sem sentido,
os verdadeiros e os falsos perigos,
a comédia trágica do homem...
E, para além desta secretária, frente à qual estou sentada,
escrevendo no teclado do computador, fica o mundo,
então penso: «que mundo é este
que acorrenta, espanca, viola,
como se a vida fosse uma migalha e uma esmola?»
Da minha janela aberta,
a linha corre para a meta.
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