Tátil
Lembrança, das linhas da tua palma da mão
num corte abrupto, nem sei porquê. Talvez porque «tátil»
é agora, na grafia, nova palavra e subtilmente me mostra no tempo
a descontinuidade. Talvez porque a partícula «novíssima»
não seja senão a vontade tátil de deus e eu perceba
finalmente que há nos outros um igual mistério
tão igual quanto o assombro de mim.
Por isso tatilmente percorro o tampo da mesa
e, sem surpresa, sinto nesta massa de cordas
as descontinuidades perfeitas
e insuspeitas.
Lembrança, das linhas da tua palma da mão
num corte abrupto, nem sei porquê. Talvez porque «tátil»
é agora, na grafia, nova palavra e subtilmente me mostra no tempo
a descontinuidade. Talvez porque a partícula «novíssima»
não seja senão a vontade tátil de deus e eu perceba
finalmente que há nos outros um igual mistério
tão igual quanto o assombro de mim.
Por isso tatilmente percorro o tampo da mesa
e, sem surpresa, sinto nesta massa de cordas
as descontinuidades perfeitas
e insuspeitas.
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