Ciranda
Que bocado do passado
entrou furtivo pela minha janela aberta?
Os rostos das fotografias,
os rostos que jamais conheci,
estão todos nas histórias que esqueci
daquela infância
tão breve.
Mas é este o chão
de um outro tempo.
Chão que se levanta
como um dia que acorda
sem um suspiro na curva da estrada
apenas povoado dessas memórias inexistentes.
Onde era largado o chapéu?
Onde a sopa fervia?
Que silêncio ou que vozes habitavam
no coração da casa?
Hoje a única certeza de que existiu esse outro tempo
está presente no rebanho que regressa dos campos
quase ao anoitecer
qual sino que tange
as horas do adormecer.
Que bocado do passado
entrou furtivo pela minha janela aberta?
Os rostos das fotografias,
os rostos que jamais conheci,
estão todos nas histórias que esqueci
daquela infância
tão breve.
Mas é este o chão
de um outro tempo.
Chão que se levanta
como um dia que acorda
sem um suspiro na curva da estrada
apenas povoado dessas memórias inexistentes.
Onde era largado o chapéu?
Onde a sopa fervia?
Que silêncio ou que vozes habitavam
no coração da casa?
Hoje a única certeza de que existiu esse outro tempo
está presente no rebanho que regressa dos campos
quase ao anoitecer
qual sino que tange
as horas do adormecer.
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