quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Líquido cristal


Em Lisboa, a cidade é tua.


És o guerreiro e o herói.

Partes à descoberta dos mundos

e renasces em cada esquina mais

profundo que o sábio índio tribal.


Em Lisboa, não adormeces.


Vives, mesmo à noite, na claridade

do dia e caminhas na estrada do alvorecer

como se não houvesse morrer.


Assim és o citadino perfeito,

capaz de colocar no peito um cravo

ou uma rosa singela,

como se a felicidade, debruçada

da janela, desconhecesse

as dores da última caravela.


 


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