quarta-feira, 12 de setembro de 2012

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É assim que me sinto: desligada,

desconectada, apagada.

Nem o canto do pássaro (inexistente)

alimenta o despertar para a realidade da vida.

Podia, como o monge medieval, dormir

300 anos, e acordar como se ainda ontem

tivesse adormecido. Mas onde está a árvore?,

à sombra da qual o tempo se sustém.


Lisboa. Ruas, avenidas e praças. Viadutos modernos,

sem campos de trigo... Apetecia-me agora

fazer delete e apagar todas as palavras,

como à noite se apaga o sol da Vida.



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