domingo, 11 de setembro de 2011

Lentamente


Lento caminhar.

Perplexidade ante tanta coisa inexplicável.

Estranho o silêncio,

quando as vozes em torno

não falam a linguagem lesta da verdade.

Por isso, afago com a minha mão o capô dos carros

e deixo que esta mecânica de chapas e de ferros

que se movimenta, estrugindo em todas as direções,

me sossegue. Eia! Hup-lá! Ei!

Para além, que além?! Que quotidiano é este, vergado

em cada portagem das autoestradas e em cada coisa

eletrónica? Que além, mais que ontem, súbito desassossego?

Eia...Eia...Ei!!! O sorvedouro dos carros e das motos e dos

grandes camiões de luzes ligadas

comanda dia a dia o caminho das jornadas!!!