Sob os séculos
O livro «Sermão para o meu sucessor», do Marquês da Fronteira,
idealiza e transmite ideias e valores, entre outros aspetos, sobre a defesa do património.
Num dia que dediquei em visita aos Jardins do Palácio dos Marqueses da
Fronteira e à travessia do Aqueduto das Águas Livres, parece-me bem
evocar tal sermão que, com denodado brio, postula os valores da ética,
da nobreza, da honra e da dignidade humanas. Se me ocorresse
escrever, hoje, um sermão, postularia o princípio magno
da preservação da herança patrimonial, seja ela qual for,
uma nação, um palácio, uma simples casa... porque inteiramente
também no cosmos, numa ordenação exata, cada coisa
se mantém na medida conforme aos éons do tempo.
No cosmos, o balizamento é, aos nossos olhos, o de uma certa eternidade,
tal como, belamente, traduzida, nos Jardins do Palácio, que hoje visitei, nos
luminosos painéis de azulejos e no recorte geométrico de áleas e
arbustos. Disseram-nos «é um jardim para observar e não
um jardim para passear», e, justamente, seria este o argumento único
e o exemplo de matéria que utilizaria no sermão ao meu sucessor, que hoje
afinal não escrevi.
O livro «Sermão para o meu sucessor», do Marquês da Fronteira,
idealiza e transmite ideias e valores, entre outros aspetos, sobre a defesa do património.
Num dia que dediquei em visita aos Jardins do Palácio dos Marqueses da
Fronteira e à travessia do Aqueduto das Águas Livres, parece-me bem
evocar tal sermão que, com denodado brio, postula os valores da ética,
da nobreza, da honra e da dignidade humanas. Se me ocorresse
escrever, hoje, um sermão, postularia o princípio magno
da preservação da herança patrimonial, seja ela qual for,
uma nação, um palácio, uma simples casa... porque inteiramente
também no cosmos, numa ordenação exata, cada coisa
se mantém na medida conforme aos éons do tempo.
No cosmos, o balizamento é, aos nossos olhos, o de uma certa eternidade,
tal como, belamente, traduzida, nos Jardins do Palácio, que hoje visitei, nos
luminosos painéis de azulejos e no recorte geométrico de áleas e
arbustos. Disseram-nos «é um jardim para observar e não
um jardim para passear», e, justamente, seria este o argumento único
e o exemplo de matéria que utilizaria no sermão ao meu sucessor, que hoje
afinal não escrevi.