Brave...
Surpreendeu-me, há dias, um conceito de família
que vi no Facebook. Mas não é de admirar, porque,
também aí, me surpreende o conceito de amigo.
E talvez que, neste virar de página, de milénio,
o mundo ocidental conduza uma deriva assente na
afirmação egóica do indivíduo sobranceira face a qualquer
outro valor de existência. Assim, família e amigos
são uma vertente da rede social que faculta estruturas
que permitem a construção de um eu, paradigmaticamente
copiado e imitado de entre os múltiplos modelos
que as revistas de sociedade oferecem para entreter o quotidiano
da vida. E como que naturalmente, cada um à sua escala desenha, no presente,
o recorte das relações humanas,
tipificando o mundo e aquilo que daí advém.
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