sábado, 20 de agosto de 2011



Memento


Sinal de que estamos vivos é a nossa capacidade

de nos lembrarmos - de desfiarmos o fio, às vezes,

ténue das recordações e de nos deixarmos levar pela

memória de cada fragmento de coisa ou de um único espaço.

Numa linha escrita existe esta mesma singularidade:

por isso há palavras que tanto nos dizem,

quando lidas com o Coração.

Então a recordação é viva e a memória é dinâmica,

nada se perde, tudo se transforma... quando no hoje,

agora presente, se abraça firme a realidade.

E, assim, neste dia, em Évora,

cada objecto que toquei pôde ser despejado,

porque a qualidade que o sustinha permanecerá no centro de mim,

como memento feliz... lembrando que cada pedra do Templo

perdeu já a sua história, porque ninguém de Diana tem

memória.

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