quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Soberana


Do cimo das copas das árvores,

desce um hausto de luz tão momentâneo

que se apaga assim que o céu se ensombra...

tal como na vida também há sempre, no orvalho

da manhã, um gotejar de oiro que brilha

tão perto, que sei, que, se a minha mão estendesse

e o cimo das árvores ao vento, na sombra, não estremecesse,

poderia, da minha janela, tocar o longínquo horizonte.

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