Soberana
Do cimo das copas das árvores,
desce um hausto de luz tão momentâneo
que se apaga assim que o céu se ensombra...
tal como na vida também há sempre, no orvalho
da manhã, um gotejar de oiro que brilha
tão perto, que sei, que, se a minha mão estendesse
e o cimo das árvores ao vento, na sombra, não estremecesse,
poderia, da minha janela, tocar o longínquo horizonte.
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