quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Cadeira de Baloiço
Baloiçando, rodando,
se move o eixo e a Terra;
e o Sol - tão estático -
cada dia - noite a noite -
tudo encerra.
Por isso, aqui, nesta beira,
num alpendre imaginário,
de uma casa sonhada e erigida,
escrevo sentada na cadeira
como num mar ao contrário.
Mas procuro o Sol... onde está?
Também não vejo a estrela da manhã...
Tudo se desfoca,
neste movimento - momento a momento -
da Terra num céu tão sedento!
Só a maravilha é real,
de cada vez que baloiça
a Terra no Céu; e a minha cadeira,
suspensa no chão,
me leva na imaginação...
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