domingo, 23 de outubro de 2011

Adeus


Será, é, Adeus... sem mais senão Adeus.

E no instante em que penso Adeus, o futuro

acontece. O presente é novo porque não se enraíza

na crença do passado. E já nem penso, digo, alto, Adeus.

E tudo à minha volta se deslumbra neste meu pensamento e

na minha voz. Adeus! solenemente, Adeus! e as calçadas que

amanhã de manhã pisarei em Lisboa, nos seus desenhos de

arabescos e caravelas, florescerão como num eco vivo de pedra

e acenarão, com os seus desenhos, Adeus!