terça-feira, 11 de outubro de 2011

Tarde


Desidrato de não saber.

Antes melhor pousar a loiça lavada

num alpendre luminoso, que andar na sombra

com cacos de tanta coisa quebrada.

Reconstruir. Refazer. Recriar. Este «re» que prefixa

a vontade quase adormecido! Por isso,

nem sei se me quero mover em outros novos caminhos;

antes melhor pousar-me como a loiça

e ficar inerte, esperando que o vidrado estale,

e que o rendilhado mostre

um envelhecimento solene.