domingo, 16 de outubro de 2011

El Indignado


é o paradigma do Homem de um certo tempo

do presente que leu a Carta dos Direitos Humanos.

Contudo, este Indignado das grandes metrópoles e dos ditos

países civilizados, está tão somente na esfera de reivindicação

do direito ao trabalho, da equidade de uma certa justiça económica

na distribuição da riqueza, e da honestidade do governo político. É já

muito, sem dúvida, quando em oitenta e três países do mundo, à mesma

hora, e no mesmo dia, o Indignado se levanta e marcha. Mas, acredito, que

a indignação tem de ir mais fundo: tem de descer à raiz da natureza humana,

que apenas faz erguer a voz em protesto, quando a injustiça diretamente nos atinge.

Para alcançar um verdadeiro propósito universal: el indignado tem de saber

exprimir-se em solidariedade com os outros, independentemente

do jugo social, político, económico, religioso. E, sim,

sairei à rua também quando o balizamento

tiver esta abrangência. Quando el indignado protestar

que o mundo está construído à imagem da nossa

- de cada um -

indiferença e egoísmo humanos.