Vítrio
em memória da Carina
De vidro, transparente, as plantas dos pés
firmam-se no chão. É uma inteireza de frescura
que se colhe como se numa onda após outra mergulhassem.
Depois, vislumbrei ao longe o Tejo, e não era vítrio
o meu olhar, porque toquei, também hoje,
o absoluto do silêncio completo e inamovível,
e desejei que fossem de vidro
todas as pessoas.
em memória da Carina
De vidro, transparente, as plantas dos pés
firmam-se no chão. É uma inteireza de frescura
que se colhe como se numa onda após outra mergulhassem.
Depois, vislumbrei ao longe o Tejo, e não era vítrio
o meu olhar, porque toquei, também hoje,
o absoluto do silêncio completo e inamovível,
e desejei que fossem de vidro
todas as pessoas.