sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Mergulho em nós mesmos


É um desafio não ocultarmos a Verdade. Isto

é sempre o mais difícil, sobretudo, quando essa Verdade

requer a nós mesmos um confronto exato e rigoroso.

O que sei de mim? O que sabemos de nós? De que inteireza

se reveste a nossa autenticidade? Hoje, num difícil acordar,

procurei olhar para a realidade envolvente: social, política e

económica - e a partir daí ver a Verdade de mim. Não foi

complicado, o registo feito pela C., que agora adorna o meu

quarto, recorda-me diariamente, ao despertar, que a vida

não é um caminho fácil, mas que alguns,

sabiamente, conseguem reverter, como por um milagre

humano, as asperezas do quotidiano, vivendo

com dignidade. E viver com dignidade é ser autossuficiente.

E isto que é a Verdade para mim é, de igual modo,

a Verdade para as nações e para os estados... Por isso,

se fosse possível, ofereceria à nação o exemplo de memória

que guardo de todos aqueles que sem a Sorte,

viveram uma grandeza de vitória.