terça-feira, 26 de julho de 2011

Abóbora-Carneira


De facto, por estes dias,

para completar o poema de Cesário,

só faltavam

as duas frugais abóboras-carneiras...

e ei-las, as minhas, que chegaram a minha casa:

vermelhas, fartas, enormes,

como sustentando em vitalidade e força

as gentes todas do mundo.

E não houve mais que saber... das abóboras-carneiras

à vista de todos

como é natural

fez-se um festim

entre amigas:

e a mesa farta alimentou

cada ser que por aqui passou...

Não houve quem não gostasse

deste alimento da terra,

que, sem taxa nem comércio,

partido e dividido,

cozinhado e preparado,

relembrou a cada um o valor

de cada... lívido cobre.

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