Morando no mar...
Ontem fui ver o mar. E a única coisa
que me ocorreu foi meditar sobre aquele
conto zen, que narra uma história em que,
num passeio, observando a Natureza, de entre três
amigos, um inadvertidamente disse «É belo!». Pois, estas
duas palavras apenas foram demais: perturbaram
a qualidade do absoluto que se suspendia em cada um,
relativizando, porque é essa a natureza das palavras.
Ontem, também, duas notícias de duas
mortes, uma de um jovem e outra de uma mulher. O que dizer?
Também nada. Apenas silêncio
face ao absoluto e ao mistério.
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