domingo, 31 de julho de 2011

Nanopartículas


Os milagres da sobrevivência, no mundo ocidental,

estão, cada vez mais, concentrados nas

nanopartículas. É espantoso

como o infinitamente pequeno pode contribuir,

e contribui, para o prolongamento da vida,

quando o organismo do indivíduo, por qualquer

razão, deixa de funcionar perfeitamente.

Mas estes milagres impensáveis há anos atrás

são também consequentes de novas necessidades,

que se impõem, ante um modo de vida actual que

padroniza hábitos de consumo, nomeadamente alimentares,

que em muito antecipam o desequilíbrio e

a doença. Contudo, genericamente falando, observa-se

que é mais barato comprar um medicamento para regular

níveis de gordura no organismo do que, diariamente,

fazer uma dieta saudável e equilibrada. Entre a conta

da farmácia e a conta do supermercado pesa-se uma escolha.

Entre um bem alimentar normalizado, fertilizado, criado

de forma massiva, manipulado e um produzido de forma

natural não há escolha, porque o segundo é praticamente

inexistente.

Observo, então, que aparentemente o futuro do homem ocidental

estás nas mãos de uma quase invisibilidade

sintética - criada e manipulada por indústrias poderosas -;

e, neste ponto, estes demiurgos do presente

serão talvez seres de alma vendida, que, sem pensarem,

procuram o elixir da longa vida.

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