Os senhores da guerra
O sentido de uma guerra é fragilizar o
inimigo, criar-lhe medo, e, se possível,
em extremo, levá-lo à desistência total
ao incutir-lhe um sentimento de impotência absoluta.
Assim, se ganha uma guerra.
Hoje, sem espadas nem archeiros, vive-se
uma guerra. Portugal, Irlanda, Grécia
são neste momento três alvos visíveis.
Isso não me incomoda muito... o que me perturba
é não conhecer os rostos dos senhores da guerra.
Vi, vagamente, um deles num destes dias
na televisão, mas foi tão momentâneo, estava de passagem
pelo canal, que nem fixei quaisquer traços humanos.
E, assim, sem rostos, penso que estes novos senhores da guerra
se devem sentir alucinados, tontos, absurdamente
errantes, no dia-a-dia do quotidiano das suas vidas.
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