sexta-feira, 8 de julho de 2011

Os senhores da guerra


O sentido de uma guerra é fragilizar o

inimigo, criar-lhe medo, e, se possível,

em extremo, levá-lo à desistência total

ao incutir-lhe um sentimento de impotência absoluta.

Assim, se ganha uma guerra.

Hoje, sem espadas nem archeiros, vive-se

uma guerra. Portugal, Irlanda, Grécia

são neste momento três alvos visíveis.

Isso não me incomoda muito... o que me perturba

é não conhecer os rostos dos senhores da guerra.

Vi, vagamente, um deles num destes dias

na televisão, mas foi tão momentâneo, estava de passagem

pelo canal, que nem fixei quaisquer traços humanos.

E, assim, sem rostos, penso que estes novos senhores da guerra

se devem sentir alucinados, tontos, absurdamente

errantes, no dia-a-dia do quotidiano das suas vidas.

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