Percursos
Ontem, trilhos e margens, no Picoas Plaza.
Um encontro da lusofonia, abrilhantado pelo melodioso timbre
brasileiro de Laura Cavalcante, e com a presença dos guineenses, Odete Semedo
e Tony Tcheka, e do cabo-verdiano, Joaquim Arena, escritores.
E, neste entender de fala uns com outros se expressou
de modo extraordinário o sentido da universalidade portuguesa
no mundo. É raro e invulgar que alguém que expressa o seu sentimento
de amor à pátria possa ser completamente entendido por outrem de
nacionalidade diferente. Mas é o que connosco (povos da lusofonia)
acontece. Por isso, os nossos grandes poetas são transversais a todos
nós e até na riqueza do crioulo há uma ponte que
liga as margens da língua portuguesa na descoberta de novos trilhos.
Nota final: o tempo de duração da mesa redonda, sabiamente gerido.
Nem de mais nem de menos. O tempo exacto para conhecermos os
escritores e a sua poética. E aqui, como sempre, funcionam duas
vozes: a do homem e a da escrita. Às vezes, dá-se a feliz coincidência
de ambos serem excepcionais.
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