sábado, 16 de julho de 2011

Percursos



Ontem, trilhos e margens, no Picoas Plaza.

Um encontro da lusofonia, abrilhantado pelo melodioso timbre

brasileiro de Laura Cavalcante, e com a presença dos guineenses, Odete Semedo

e Tony Tcheka, e do cabo-verdiano, Joaquim Arena, escritores.

E, neste entender de fala uns com outros se expressou

de modo extraordinário o sentido da universalidade portuguesa

no mundo. É raro e invulgar que alguém que expressa o seu sentimento

de amor à pátria possa ser completamente entendido por outrem de

nacionalidade diferente. Mas é o que connosco (povos da lusofonia)

acontece. Por isso, os nossos grandes poetas são transversais a todos

nós e até na riqueza do crioulo há uma ponte que

liga as margens da língua portuguesa na descoberta de novos trilhos.

Nota final: o tempo de duração da mesa redonda, sabiamente gerido.

Nem de mais nem de menos. O tempo exacto para conhecermos os

escritores e a sua poética. E aqui, como sempre, funcionam duas

vozes: a do homem e a da escrita. Às vezes, dá-se a feliz coincidência

de ambos serem excepcionais.

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