The red badge of courage
Nos desafios da vida, quem merecidamente
recebe a medalha? Não sei. Do que conheço, a nossa bravura
não obedece senão às circunstâncias do momento,
em que, por qualquer razão, não conseguimos ser
cobardes. A força que encontro em mim e nos outros
é circunstancial: é uma quase impossível cobardia.
Digamos que a Vida não nos dá margem para essa alternativa.
Mas, no entanto, também há aqueles que fogem, ou que fugiram.
Recriminamos? Entregamos uma medalha? Não sei.
E, neste momento, em que reúno cada peça de ouro
e prata, interrogo-me sobre o Destino.
O que fazer? O acto heróico do despojamento e da morte?
O acto cobarde da preservação e da lembrança?
Em qual destes está a medalha espelhada?
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